quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Museu de grandes novidades


Minha irmã melhora a olhos vistos. Conheci uma moça de olhos de mar que me disse que deveria escrever: e isso já diziam meu amigo poeta e meu outro amigo, quase um ímã, e outra amiga que também escreve. Minha irmã não se lembra de nada. É tão bom não se lembrar da dor! Ela fala do passado com uma alegria sem limites- " haja hoje para tanto ontem!", dizia Leminski. Minha irmã tem idade para museu antigo. Minha irmã fala do passado, sem lembrar da dor que teve ( e a que provocou), como uma grande novidade. Fico com inveja. Cazuza tinha inveja?


A partir de hoje, serei limbo.

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